Em um momento de discussão, perguntei a uma pessoa se ela tinha fé. Aparentemente uma pergunta que se sabe previamente a resposta. Diversas vezes, quando passamos alguma dificuldade, surgem questionamentos quanto às nossas "crenças". "Tenha fé e dará tudo certo". E o que ocorre à essa pessoa que se diz não ter fé alguma? Que não acredita em nada maior, que é isso aqui e pronto. A terra, o corpo, o tocável.

Em que se apoiará nos momentos de dificuldade extrema que virão (não estou agorando, virão mesmo, todos sabem!), o que fará em ocasiões que já não se pode confiar na ciência, na tecnologia, no poder humano?

Não tento convencer alguém a acreditar que não estamos aqui à toa, ou que existe um Deus fulano ou beltrano (nem eu acredito que exista de fato, ao menos da forma que é tratado costumeiramente), mas pensar que estamos aqui sem qualquer motivo, sinceramente, já me parece ingenuidade.

Dizem que o universo teve um início, e chamam este início de Big-Bang. Uma grande concentração de energia em um único ponto, até que ocorra um abalo e uma explosão. Explosão essa que gera tudo o que temos hoje. Esse notebook que está na minha frente também! Pois bem, de onde veio essa energia, que não era pouca? "Ela já estava ali". Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Lembram? Mas OK, então ela já estava ali. Traços de outros universos, talvez? E quantos havia antes do nosso? "Infinitos!". Não existe! E o primeiro? Tem que haver um primeiro! Quem foi que colocou aquela energia ali? Houve um dia que ela não existiu? Ou houve um dia que a física tal como conhecemos hoje não era válida? Alguém não considera o que estou dizendo?

E tem gente que acha que nasci só mesmo para crescer, procriar e morrer. E sumir. Simples. Que tudo que parece coincidência realmente é, que sentimento 'e apenas um reflexo da carne, que não somos nada e não representamos nada.

Que fique claro que não quero chegar a nenhum lugar com tantas perguntas. Não acredito que um dia poderei entendê-las, nem ninguém que ler esse texto. Quero apenas a reflexão de que temos um papel fundamental, ao mesmo tempo em que somos insignificantes.

Cada um com suas opiniões. Poucas das minhas representei aqui. Mas já pode servir pra alguma coisa.
Abraço!